domingo, 23 de novembro de 2014

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES



         O plantio e todos os outros seres vivos agradecem essa sagrada chuva que cai lá fora. Cheerful Land está silenciosa, só o ruído das gotas batendo nos telhados e nas calhas das casas são ouvidos, o grasnar de algumas aves que brincam próximas da minha humilde residência ou por fim os sinos da igreja não muito distante. E antes mesmo que o desjejum fosse preparado já pensava em dar um “Olá” por estas bandas, claro que sem sair por aí pra molhar...kkkkkk!!
          Hoje vim falar um pouco sobre literatura. É cada vez mais difícil arrumar um tempo para esta arte, no entanto digo ser essencial, não apenas para nos informatizar e divertir, mas também para nos fazer refletir e abrir nossos olhos sobre o mundo em que vivemos ou ainda o que já se soube dele. (Caramba, tenho alguns pergaminhos para ler e o quanto antes...). E os livros acabam se tornando ferramentas para as melhorias em nosso dia-a-dia. Principalmente aquelas leituras que chamamos de “clássicas”.
Você sabe o que torna uma obra clássica? NÃO? É muito simples. Diferentemente de outras literaturas, as obras clássicas faziam paralelos com a realidade vivida por seus autores enquanto as escreviam, ainda que fossem parte ficcionais. Estas revelavam o comportamento humano da época, posturas políticas e sociais das pessoas, discussões sobre a ciência e a religião do passado, especulações acerca do futuro da sociedade; aspectos que podem servir em teoria e prática para nós independente da geração em que as lemos.
           E é este o tipo de leitura que gosto de fazer. Òbvio, não é sempre que tenho o privilégio de sair dos velhos e empoeirados livros didáticos, afinal, preciso do que há neles para lecionar. O que me deixa de vez em quando bastante frustrado, pois nós temos certo apreço por aquilo que não podemos fazer (Oooooohhhh se tem!). Ainda assim este ano foi frutífero para minha bagagem literária já que diminui 3 livros de minha longa lista de leituras para a vida. Vou falar um pouquinho sobre eles, contudo, não espere aqui saber mais do que 5 linhas, pois já sabe que não gosto de ser “estraga prazeres”.


        O PEQUENO PRÍNCIPE (de Antoine de Saint-Exupéry): Os acontecimentos descritos em cada pequeno capítulo são lições para uma vida verdadeiramente prazerosa, sem vícios. E o mais interessante é que somos influenciados pela ótica de uma criança a despeito de temas como trabalho, amor, maldade, amizade e diversos outros que cada leitor percebe individualmente.

         O MÉDICO E O MONSTRO (de Robert Louis Stevenson): Existe uma análise simplista do mal que faz os sentimentos repreendidos pelo homem com a desculpa de querer parecer-se com o que lhe é impingido pela sociedade. Uso aqui das palavras do próprio autor em 1886:  "...me atrevo a profetizar que o homem será finalmente conhecido como simples comunidade de habitantes múltiplos (negro, evangélico, idoso, advogado, homossexuais), heterogêneos (sem equilíbrio entre seus melhores e seus vícios) e independentes (movidos por outro fator que não o da compaixão)".

          VINTE MIL LÉGUAS SUBMARINAS (de Júlio Verne): A este me aterei um pouco mais pelo fato de que a adaptação que eu li tenha me acrescido muito em meus conhecimentos gerais. A editora FTD se preocupou em dar o máximo de descrição e informações (em rodapés) do que era narrado pelo herói e professor Aronnax de suas experiências dentro do primeiro submarino da história criado em meados do século XIX. POR ISSO, busque uma adaptação que contenha todo o material preciso para sua imersão na obra.  É uma excelente aula de ciências sociais e biológicas a aventura, posso dizer. Longe de ser mais incrível do que pensar o quanto o autor previu coisas que hoje, em pleno século XXI, são reais e que para 90% do mundo naqueles tempos seria loucura.

(Documentário da Discovery com comentários da previsibilidade de Verne)


       Com isso, caro anônimo, espero tê-lo instigado a comprometer-se mais com uma literatura que vá fazer a diferença em sua rotina do que com aquela que pouco o alimenta como indivíduo. Desnecessário  mencionar revistas CARAS, CONTIGO, ASTRAL, VEJA; autores “consagrados” tais como NICHOLAS SPARKS, STEPHANIE MAYER e afins. Um forte abraço!!

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