domingo, 4 de outubro de 2015

A IMPORTÂNCIA DO APOIO À CENA ROCK/METAL

(Tem que vestir a camisa)

     Que dia de júbilo abençoado pelos deuses este! Ontem, lições de aikidô à minha esposa pela manhã, caixa de teatro com a peça Mundo Jurássico logo após o almoço e mais tarde petiscos e cerveja na taverna Flaming Brothers. Quer coisa mais revigorante? Ainda não tenho planos para hoje, mas já cedo levantei com vontade de ouvir um som à bárbaros tupiniquins. Pegue este toco aí do lado, vamos papear enquanto ouvimos os pássaros brincarem debaixo daquela árvore. Sabe,  já tem um tempo que venho pensando em tomar uma séria decisão na minha vida que até então me parecia desimportante: apoiar ao máximo que puder os músicos de meu país. No entanto alguns fatos vieram provar-me que eu estive equivocado em não fazê-lo.

(Banda Silence de Pouso Alegre -MG)
     Quando eu era parvo, meus amigos e eu, jovens rebeldes que buscavam fugir das cidades para refugiarem-se em cavernas distantes tendo a noite embalada com bardos do rock em torno de vivas fogueiras, movimentávamos mais o mercado sonoro dos grupos que gostávamos de escutar. Contudo, com o passar dos anos, esta magia foi desaparecendo gradativamente até praticamente extinguir-se. Quando nos encontramos nos dias de hoje é raridade falarmos de festivais de música em que estivemos, quanto mais discutirmos a respeito de álbuns que compramos. Então terminamos por afirmar sem ponderação: Os bardos do rock atualmente não são como os da antiga. Mas é claro que não são! Nós mesmos paramos de ajuda-los.
        Como comentei no início dessa nossa prosa, algumas coisas me incentivaram a refletir sobre isso. A primeira foi o último lançamento da banda Lothlorÿen, de Poços de Caldas – MG, a obra Principles of A Past Tomorrow, marcando o início do meu re-interesse pelo som nacional. Em seguida veio a infeliz notícia de que os maravilhosos músicos do Dr.Sin se separariam, em um ótimo artigo de Regis Tadeu para a ciberpage do Whiplash.  Inclusive gostaria de salientar que o crítico e produtor musical Regis, apesar de sua participação em programas de auditório, que nos fazia parecer que ele nada de boa música entendia, tem me feito mudar de opinião sobre sua pessoa em leitura de seus coerentes escritos. E para que eu batesse o martelo em minha decisão de apoio à cena veio a entrevista de Corey Taylor, do Slipknot, ao site Wikimetal, pouco depois de sua apresentação no RIR 2015, declarando que a atual mídia não deseja que o metal tenha sucesso já que ele está sobrevivendo às próprias custas sem a necessidade de contratos para propagandas televisivas, ou venda de automóveis ou de grandes franquias de fast food. O que me fez perceber que, ainda que às duras penas, nossos músicos que antes tanto prestigiávamos ainda estão batalhando para nos ganharem novamente.
     Então, meu bom companheiro, tenha em mente que o sucesso ou a morte dos bardos que você mais gosta em dias difíceis como os modernos depende muito de sua colaboração indo a shows, consumindo seus materiais físicos, divulgando seus trabalhos entre amigos. Eu me esforçarei para fazer minha parte. E você?
    Pondere bastante sobre esta nossa conversa. Vou-me indo, pois ainda há um belo dia de júbilo para ser aproveitado...



domingo, 27 de setembro de 2015

ANIVERSÁRIO DO GRUPO DE RPG - RASTEJADORES DAS BRUMAS

(O amor pelo jogo de fichas e dados é imenso. Planilha própria, Ad&d)
      Ah, o dia de júbilo. Em um lugar comum deveria ser um tempo em que as pessoas pudessem reavivar os ânimos para mais uma semana que se inicia a seguir, de relaxar o corpo cansado com um sono mais prolongado. Mas estamos em Ravenloft e aqui os deuses riem das nossas desgraças diárias. E nessa manhã os divinos deram de interpelar os sonhos de minha esposa e meus com um cão que parecia ter vindo do submundo!  Já não basta mais esta criatura, que está sempre por perto, latir debaixo da janela de nosso quarto, agora a besta chacina inofensivos felinos de rua. Dormíamos dignos de uma noite de campeões após uma importante batalha quando o demônio bafejou sua maldade assustando aos dois. A sorte dele é que eu já sentia o cheiro de uma saborosa caneca de chá negro que costumo beber todos os dias de manhã para o desjejum, não fosse isso, teria lido algumas palavras do meu grimoire e o transformado numa lesma. Ou em cinzas. Numa planta seria melhor. Pensando bem, ele teria sido uma erva daninha...Kkkkkkk!!! Vai saber, né? Nas terras enuviadas pouca infelicidade é besteira. Deixemos esta história de lado para cumprimenta-lo melhor, bom transeunte. Como vai? Tens passado bem? Já tem lá meses que aqui não venho, o trabalho é desgastante por hora e alguns compromissos fizeram-me adiar esta visita. Mas hoje tenho algo bastante especial para dividir com você.
(Ilustração criada para a camiseta de 1 ano)
      
 Já ouviu falar do bando Rastejadores das Brumas? Não? Pela sua expressão já vi que não. É um grupo de audaciosos aventureiros que insistentemente têm como diversão desafiar aos deuses com suas viagens pelo Núcleo de Ravenloft. Eu tenho tido o prazer de lhes aconselhar, e por diversas vezes salvar-lhes a vida, por pouco mais de um ano em que estão desbravando nossas nefastas estradas. Bem malucos, não acha? Peregrinar por aí é loucura, mesmo que as trilhas levem a lugares fascinantes que desconhecemos. Mais interessante ainda é saber que três membros da equipe são mulheres e uma delas tem apenas 17 anos. Essa mocinha, Isabett, se juntou ao restante dos viageiros devido a um acontecimento trágico em sua vida: sua mãe era uma poderosa Lobisomem que devastou toda a humanidade da fazenda de seu falecido pai. O próprio homem buscou loucamente, sem sucesso algum, proteger os filhos da monstra. Até um tempo atrás a pobre rapariga nem sabia da fatalidade que findou sua família até a vinda dos Rastejadores à região de Kartakass e aliados enviaram a velha de vez para o inferno. Este encontro teve lá suas glórias, no entanto, um profundo estigma.
(Diário do Pai de Isabett Livingstorm)
     Não bastasse o infortúnio da jovem, Danathor Krimfall, o aparente líder e ladino do grupo, foi infectado com licantropia quando mordido na luta contra a progenitora de Isabett. Óbvio que a situação pegou a todos de surpresa! Ainda que o rapaz já tivesse topado com várias coisas estranhas nestes seus anos de fuga, de uma vida pacata para uma aventura nas ruas do crime, quando a doença tomava posse de seu corpo ele logo pensava: este será o fim de minha jornada. Dan não falava muito a despeito, porém, podíamos ver nos seus olhos que o pequenino ás vezes duvidava de suas escolhas e tremia ao imaginar-se lacerando todos seus amigos de surpresa, numa noite fria de acampamento na mata. Ah! Pequeno sim. Danathor é um Halfling, não tem mais do que 1,25 de altura. Tinha uma vida invejável, morava numa cidade festeira, sua mesa estava sempre cheia, cama confortável, mas o ego sempre lhe foi exagerado e assim é a faceta obscura das pessoas: ela pode um dia crescer e devorá-lo em uma só dentada.
(Falando em boa comida! Nunca faltou nas sessões..kkkk)
     Aí você me indaga a despeito dos demais. Outra figura que nos chama a atenção em meio a este caos é a excêntrica Ariel, que torna os acontecimentos ainda mais lastimáveis com seu azar. Ariel é uma bela mulher de longos cabelos loiros que se sentia mais respeitada fingindo-se de homem para realizar suas tarefas à deusa Hala, que na maioria das vezes acabaram hilariantes devido ao fato de sua falta de sorte. Era um tal de tropeçar nas raízes de uma árvore cá, uma viga de madeira no teto que impedia um corte de espada acolá, o bigode falso que se desprendia do rosto em tentativa miserável de intimidar um inimigo. A pobre paladino somente era e é levada a sério quando imersa em seus rituais de sangue e sacrifício de animais e até chega a causar medo nos espectadores.
       Medíocre a bagunça da mentalidade e ações dos membros do time, entrou em cena Eliza a Barda. A inexperiente cigana que encanta todos os homens que cruzam o destino dos viajantes, metida a espertinha.
     Dó tenho do feiticeiro Malakar, a única salvação destas almas perturbadas. Sendo ele sempre o primeiro a dizer: vamos tratar disso com cautela. Há pouco ele teve a felicidade de reencontrar um de seus irmãos perdidos, Menostar, que desapareceram quando ele escapou de uma dezena de monges inquisidores que queriam a cabeça de todos os praticantes das artes ocultas existentes nas terras de Tepest. A sede pelo saber foi o que manteve vivo o élfo de mais de 150 anos e o trouxe até aqui com seus companheiros, a mesma que levou o moço para uma aula na cidade de Kelee quando a carruagem de sua família foi atacada nas redondezas. Então é muito provável que o que move o feiticeiro seja a esperança de encontrar seus familiares e que estes seus estudos possam fazer a diferença no dia a dia das pessoas. Do contrário ele já teria botado esses malucos pra correr e estaria escrevendo longos livros, trancafiado em uma solitária torre, vendo Ravenloft pegar fogo.


       Meu papel nisto tudo? É só o de indicar-lhes as opções de raciocínio, o resto deixo nas mãos deles. E aí, gostou? Nos deixa com vontade de saber o que é que virá pra estes desmiolados aventureiros, né? Pois é, eu também não sei. Veremos o que terei a lhe dizer se um dia cruzarmo-nos de novo. Agora me despeço, logo terei de ir ao mercado da cidade pegar alguns itens para o almoço. Então...até mais...

GALERIA:
(Carta do Marinheiro Salazar Kroop, que os visitou em espírito)
(Os riscados partiram desta para a melhor)


(Pausinha pro lanche!!)


(Áudio da introdução de uma aventura)

sábado, 16 de maio de 2015

OS BARDOS MINEIROS AINDA ESTÃO POR AÍ - RESENHA DE ÁLBUM

       
(Capa com os pensadores que buscavam compreender o universo)
       Sagrado fim de semana! Estamos tão cansados por aqui, meu amigo, que quanto mais dormimos mais queremos deixar de nos levantar (Kkkkkkkk). Mas tudo bem! E então, como estamos? Começa a noite, o tempo esfria e como é sábado já vamos caçando o que fazer. Antes que congelemos aqui fora que tal prosearmos? Encha a caneca de chá, é da minha esposa, me faz relaxar depois de um dia cansativo, não que seja este o caso hoje, mas é pra dar uma levantada no ânimo.
       Beba outro gole enquanto vou lhe dar esta dica musical.
    Lembra-se dos famigerados bardos mineiros destas bandas? Então, a última peça deles é uma obra mestra. O que tenho a dizer é que já ouvi diversos álbuns conceituais até hoje de bandas de altíssima visibilidade no mercado do rock e metal mundial e é importante salientar que: este tipo de trabalho é bastante delicado, pois exige dos músicos que as canções dêem vida a obra num nível em que seus ouvintes possam enxerga-la cena à cena através de suas melodias, cadência, seus riffs. E o pretensioso Principles of a Past Tomorrow consegue atingir esse objetivo maravilhosamente, ficando entre os melhores que já escutei e compreendi até agora.
       A história que o Lothlorÿen vem nos contar neste álbum é de Bruno Giodarno, frade, filósofo e pensador morto pela inquisição por sua busca a despeito de erros teológicos da Europa Colonial. E é aqui onde os caras tiveram seu primeiro acerto, preocupando-se em rechear o encarte com enxertos da própria biografia do iluminado herege a um belíssimo trabalho gráfico.
       O segundo acerto fica por parte da ordem das músicas que vão enredando o ouvinte aos poucos, com a introdução charmosa de A Journey Beggins  e a primorosa linha vocal de Daniel Felipe, seguindo da enérgica Heretic Chants e suas pontes e backing vocals de viciar. As guitarras limpas vão e vêem entre riffs pesados e viradas alucinantes de bateria da primeira canção a God is Many, o track três e minha favorita, devido as diversas quebradas progressivas revezadas entre as baquetas de Marcelo Benneli e os teclados de Leo Godde. Eis então que surge a baladinha virtuosa de Time Will Tell, a caótica Manipulative Waves e novamente uma música com refrões pegajosos, Night is Calling. Neste miolo estão os solos mais bacanas da dupla Leko Soares e Tim Alan, lembrando bastante os trabalhos antigos do Angra, o que eu particularmente adorei. Na sequencia temos a rápida The Convict e a profunda The Quest Is On, letra emocionante que conta das respostas prontas de Giordano às repreensões feitas pela igreja da época. The Law and the Insider parece ser a continuação da música anterior nos carregando direto para o desfecho com Wavery Time, uma balada comovente e grudenta de lindíssima sonoridade.
       Restando assim a terceira acertiva da banda que foi apostar na independência quanto a gravadoras lançando o projeto de Principles of A Past Tomorrow em sites de financiamentos coletivos. A iniciativa dos poços de caldenses detona de uma vez por todas, com inúmeras contribuições conseguidas pelo grupo, a ideia de que o Brasil não tem mais rock/metal a mostrar para o mundo e que todos os fãs brasileiros pagam pau somente para a música estrangeira.


       Encerro nossa prosa, amigo passante...Alá! Olha a Feiticeira chegando logo ali, está vindo me buscar, vamos comemorar o aniversário de uma amiga, por aí, em alguma alegre taberna. Então fecho dizendo que o álbum deve e tem de ser escutado por todos os amantes da cena nacional e internacional que acreditam que ainda há bastante chão para o rock e que com toda certeza o Lothloryën figura esta afirmativa.
         Até a próxima! Calma, mulher....já estou indo...

 
Site oficial dos bardos brazucas: http://www.lothloryen.com/

terça-feira, 12 de maio de 2015

JADE DRAGONS - UM SONHO SE TORNANDO REALIDADE

       
(Tela principal bem Old School)

        Ah, o outono! Que época mais bonita. A não ser por algumas flores que murcham, todo o restante é ótimo: os tapetes de folhas secas no chão, o ar parece mais puro, as noites são mais bem dormidas, as pessoas ficam mais elegantes e a comida...hmmmm!! A comida! Os pratos mais saborosos são preparados nessa época e acompanhados com uma excelente bebida ficam ainda mais convidativos. Mas não foi pra isso que vim até aqui nessa manhã. Sentemos ao sol, amigo, para nos aquecermos um pouco depois do desjejum enquanto conversamos.
("Todos somos iguais".)
(Andarilho - um dos personagens) 
       Meu propósito hoje é falar um pouco de um projeto que está sendo desenvolvido por mim junto de minha amada Feiticeira e meu irmão Punhos de Aço (apelido antigo). Há um tempo atrás Punhos de Aço convidou-me para ajudá-lo na criação de um game retro fazendo seu designer. JADE DRAGONS é o nome da primeira obra de nosso time TRIBROU GAMES. Nele os jogadores assumem papéis de lutadores que devem se empenhar bastante para sobreviverem a diversas arenas, tendo elas seus perigos, e a seus oponentes (podendo ser jogado com até 4 players simultâneos) cheios de armas letais. É um jogo de plataforma indie, com gráficos de megadrive, repletos de referências orientais e inicialmente para PC.
        Estamos trabalhando arduamente para que os gamemaníacos possam experenciar, em breve, aventuras divertidíssimas, com músicas inesquecíveis e fases ainda mais memoráveis.
          Por isso, aguarde mais um pouco, meu caro, para testar nossa versão beta.
       Até mais ver! Preciso ir ao mercado ainda fazer algumas compras enquanto estou de folga.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

AVENTURAS FANTÁSTICAS AQUI E ALI

(O material todo é bem atraente, observe a capa)
     
     Bom dia, caro transeunte, como está? E este friozinho que parece já querer dar as caras aqui em Cheerful Land, gostoso não é mesmo? Vento de leve junto ao calor de sol, refresca o ar e sinto que é como se curasse alguns receios do cotidiano e nos animasse a prosseguir com a vida de sorriso no rosto. Já faz um bom tempo que não apareço por este lado, devido a diversos eventos: fora os serviços escolares, contrai algum tipo de enfermidade pelas mudanças na temperatura, em seguida outra doença devido picada de um mosquito que tem feito muitas vítimas nestas terras (aedes aegypti); acidente durante minhas práticas em artes marciais...Diversos infortúnios. Mas, como dizem, o show deve continuar! Kkkkkk...

(Orcs almoçando de leve uma carne de gente)
     Mudemos essa conversa para algo mais interessante. Há quase 1 ano, presenteei minha querida irmã, Lohayne, em seu aniversário, com um livro de bolso de RPG que apenas tive tempo de lê-lo mais recentemente. Ela vinha me cobrando para ensiná-la as artes do “papel e dados”, então resolvi que este seria um excelente pontapé. Os livros Aventuras Fantásticas, de Ian Livingstone e Steve Jackson, para quem os desconhece, são obras incríveis com aventuras completas em que você é o herói dos acontecimentos delas, ou seja, você joga e lê ao mesmo tempo. Sabendo disso, usei o Retorno à Montanha de Fogo para que ela tivesse sua primeira experiência com regras, situações de combate e outras informações pertinentes aos sistemas de RPG. Ela adorou! E confesso que eu também gostei bastante dele. Eu quando adolescente já havia jogado um livro duplo (Fúria de Príncipes, mesma coleção), qual você pode optar por usá-lo sozinho ou com um companheiro (sim, ele poderia ser jogado em dupla). Ficava fascinado com as ilustrações (de Williams, Nicholson, Macena) realmente me sentia participante daquele mundo maravilhoso.

(Sem precisar de dados é só carregá-lo pra onde quiser)
   Enfim, se dependesse somente de mim, gastaria pequena parte de minhas finanças em colecionar estes livros tão divertidos...kkkkkkk!!  Logo, recomendo a você, meu amigo, e a outros, sejam não jogadores, jogadores iniciantes ou veteranos, estes livros, hoje lançados pelo selo da Sambô editora. O preço geralmente é bem acessível e não é necessário dados, já que estas edições têm um sistema alternativo para eles logo no rodapé das páginas, bastando abrir em qualquer uma e ver o resultado de seus testes de habilidade e sorte.


Um forte abraço! Tenha boas aventuras.



sábado, 17 de janeiro de 2015

IDENTIDADE É TUDO. JÁ O MODISMO...

       
          Boa tarde, nobre viajante. Como tem feito calor por aqui, não é? E por mais que usemos de rituais e magias na tentativa de solucionar o problema da falta de chuva, estas só parecem nos mostrar o quanto somos pequenos diante da natureza, já que os resultados têm fracassado miseravelmente. Restando a nós aguardarmos a boa vontade dos deuses da água e das tempestades. Que tal sentarmo-nos debaixo daquela árvore? 
         Excelente! Por isso eu digo que também precisamos de um pouco de sombras na vida...kkkkk!! Mas mudando de assunto, você tem visto as listas que divulgam quais séries são as mais aguardadas para 2015 de acordo com sensos populares? Pelas barbas de Gandalf! Fiquei extremamente desapontado enquanto procurava Vikings em algumas delas e não encontrei. Concordo que cada um tem uma opinião diferente acerca daquilo que mais lhe agrada, no entanto, sinto cheiro de modismo por parte daqueles que consomem este tipo de entretenimento. 
         E eu sinceramente odeio o controle mental que está embutido na expressão “todos estão”. Por que os grandes vendedores querem nos cercar de seu produto por onde quer que caminhemos, irritando aqueles que apenas consomem o que realmente lhes interessam com tanta poluição visual, sonora. E muito pior ainda é notar que algumas vezes até as pessoas de sua convivência diária se entregam a este capricho ditador. Já fui classificado como arcaico por não ter celular de última geração (esses Iphones, Smartphones e diabo a quatro). Acho fútil, simples assim! Desnecessário pra minha vida ter um. (Se fosse um manto de invisibilidade até que viria a calhar). O mesmo acontece se você não usa o corte de cabelo que está nas ruas hoje, se sua roupa de praia não é da cor e modelo da tendência desta estação, se os games que mais gosta são de 8 bits de qualidade. Você é démodé, cabeça-dura, antiquado, brega. E o mais engraçado é que um dia você estará na moda por não acompanhar moda nenhuma, pois existe um fenômeno extremamente descarado conhecido como “hipster”. Este tem o objetivo de tirar “inspiração” em características antes escrachadas pelo modismo como velhas para serem relançadas no mercado como sendo “renovadas” e “bacanas”. Também existe a “apropriação cultural”, fenômeno que se caracteriza por “transformar” itens vinculados a “história de determinado povo” em ornamentos para “todos”, perdendo estes os valores de suas origens, tais como os cocares indígenas que representam a eles status, ou como os kimonos cerimoniais japoneses que são vendidos como fantasias. Pura charlatanice e diversas vezes falta de respeito! 
         Agora você entende o porquê de meu incomodo, meu amigo? Muito além das propagandas que você não quer nem ver pintadas de ouro, é o fato da perda de identidade, do que somos, e ainda o do corte daquilo que te traz prazer por ela ser pouco consumida. Imagine todos vestindo aquele tênis que antes achava que só você ficava legal nele. Ou que terrível seria se sua série favorita deixasse de ser produzida por ela não ser tão popular. Que desrespeitoso seria pegar qualquer ideia sua e utilizarem como sendo de outro . Ruim não?             
           Por isso, UM VIVA AO QUE É DIFERENTE!!

         Bem, estou ficando cansado. Sabe aquela fadiga de estar cheio e com o clima quente? Pois é, estou com ela. Vou tirar um cochilo em casa, pois mais tarde tem trabalho a ser feito. Fica aquele forte abraço! Até.

sábado, 3 de janeiro de 2015

CASTLEVANIA: LORDS OF SHADOW - É DE ARREPIAR


         Já tem um tempo que não dou as caras por essas bandas, amigo visitante. Os festejos de fim de ano impediram-me de por em prática qualquer atividade que não a de estar com família e amigos, mas foram dias formidáveis. Ache um canto seco para se sentar e ouça: nada paga os momentos compartilhados com aqueles que nos são queridos. PELOS DEUSES! A comida estava excepcional e as cervejas bem geladas, desnecessário dizer o quanto estes são importantes para perambulantes como eu e você. Nos mantêm fortes, saudáveis e alegres. Prontos para topar qualquer aventura, não é? E o seu fim de ano, foi bom, meu caro? Tomara que sim! A madrugada está quieta, o céu vermelho, choveu um tanto bom, deu trabalho acender esta fogueira. Agora deixe-me te contar uma coisa. Duas na verdade. Já teve o prazer de jogar algum dos títulos de CASTLEVANIA: LORDS OF SHADOW para X-BOX 360? Vou lhe falar o mesmo que contei a alguns conhecidos há meses atrás:

CASTLEVANIA - LORDS OF SHADOW 1




         A melhor palavra para descrever o game: EMOCIONANTE!!!! Que felicidade ver que uma saga tão antiga dos jogos eletrônicos ainda serve de fonte para franquias grandiosas como foi esta. O primeiro susto acontece com relação a mecânico se comparada com o lindíssimo trabalho gráfico. O jogo se manteve em plataforma neolinear, no entanto, sem perder o brilhantismo do potencial dos 3D moderno. Detalhes como as águas bentas, as facas e o chicote dos Belmont a que estávamos acostumados a serem as armas principais do herói desde o Nintendinho estão presentes, mostrando a preocupação dos desenvolvedores em adaptar o que sempre foi bom para os dias de hoje nos videogames. As cutscenes são um espetáculo junto a um enredo bem ao estilo romance gótico, tudo posicionado em momentos estratégicos para nos envolver numa história que te prende tirando sua vontade de sair até mesmo para comer, fazer xixi.
O ator Robert Carlyle, de Once Upon A Time, faz a voz de Gabriel.
O game fica na sua cabeça, martelam cada pedaço do quebra-cabeça que vai se revelando aos poucos! Quase chorei perto do fim. Sempre que um título de épocas de glória é tirado do baú para ganhar uma nova roupa fico extremamente receoso, contudo, tenho o prazer em dizer que é FODA ser surpreendido com um jogo ainda melhor que alguns anteriores que foram tão clássicos como Symphony of the Night (PS1) ou o Bloodlines (Megadrive).

FICHA TÉCNICA
Gráficos: 10
Música: 8
Jogabilidade: 10
Diversão: 10
Enredo: 10


Nota Final: 9.6
Já CASTLEVANIA - LORDS OF SHADOW 2 é:

         ABSURDAMENTE FANTÁSTICO! Pronto! Enfim a obra prima da saga do Príncipe das Trevas, do vilão mais temido no game e mais querido dos fãs da arte gótica. É até difícil de dizer algo, pois tenho medo de acabar sendo redundante, já que o nível a que elevaram nesse capítulo supera todas as expectativas da mítica de Drácula. Farei diferente desta vez, falarei dos pontos negativos e em seguida parto para os positivos. O que me desagradou diversas vezes no jogo foi o acompanhamento da tela com relação a uma jogabilidade feita para terceira pessoa; eu saltei por muitas a esmo, sem saber se o que estava fazendo ia realmente dar chão. Isso também atrapalhava quanto as batalhas, o golpe vinha pelos flancos, lugares de onde não se via e em contrapartida eu fazia o mesmo com Gabriel batendo às cegas e acabava acertando o alvo sem muita estratégia. Outra falha foi quanto ao mapa. A fortaleza do Lorde Sombrio é IMEEEENSAAAA!! Aí quando abria menu para me localizar, cada cômodo abria uma planta diferente por vez e ali ficava fixa até que acessasse um outro lugar, e este por sua vez também era desconexo ao restante das áreas do mundo jogável. Aí você mudava de plano, pronto, se foi almoçar tinha de relembrar tudo e levava certo tempo para voltar ao clima das buscas no game. 
A visão daqueles que participaram da batalha contra o Senhor dos Vampiros.
         No entanto, ainda que estes pareçam empecilhos GRAVÍSSIMOS, são longe de atrapalhar o conteúdo geral. As paisagens são de cair o queixo de tanta preocupação que tiveram com os detalhes de cada ambiente, cada estátua, cada brasão, cada arcada e não foi nenhum tempo perdido parar e saborear o perfeccionismo. Existem pequenos puzzles muito bem elaborados para acessar caminhos, abrir grades e portas secretas o que ajuda na imersão; itens escondidos têm aos montes e aqui você consegue uma ajudinha usando relíquias mágicas. Mas a diversão não para por aí. O ponto alto deste título é A TRAMA!! Nunca foi tão recompensador caçar pergaminhos perdidos pelo mapa como em Castlevania 2, eles narram pequenas histórias a despeito de todo o mito de Drácula: soldados que escreveram para os familiares, que deram detalhes das criaturas que serviam ao senhor Vampiro, guerreiros que entoaram canções e poemas para que Deus os salvassem e mas tarde estes papéis foram substituídos por memoriais de praças, hospitais, casarões e outras partes da cidade edificada encima das ruínas do castelo do vilão/herói. E pra fechar com chave de ouro reluzente 1.000 quilates temos as FODAS cutscenes, banhadas a bastante sangue e batalhas épicas entre o jogador e seus inimigos, junto as partes do enredo que ficaram soltas do game anterior. Todo ele tornou a MÍTICA HISTÓRIA DE DRÁCULA numa peça bem fomentada. 
         Jogue os dois sem preguiça e sairá satisfeitíssimo com as horas dedicadas a eles.   

FICHA TÉCNICA
Gráficos: 10
Música: 9
Jogabilidade: 8
Diversão: 10
Enredo: 10

Nota Final: 9.4
      
         Bom! Tudo tem seu início e seu fim, então nosso papo termina aqui. Aproveite as guloseimas que te dei e até mais ver.