quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

NOSTALGIA: UM PONTO DE VISTA CRÍTICO 90'TISTA

Se você os conhece, pode acreditar que teve uma meninice incrível.
    Boa tarde, amigo errante, o sol está de rachar, então, sentemo-nos debaixo de uma árvore e tomemos uma caneca de cerveja para refrescar. Ah! Como são preciosas essas belas plantas, não é mesmo? Já se imaginou viver sem a proteção de suas sombras ou sem o ar puro que elas nos proporcionam? Mas não é isto que tenho em mente para hoje.
A Coleção Vagalume de livros era bem popular há duas décadas.
     Estive bastante ocupado, como deve ter percebido, já que não dei as caras por aqui, e com a aproximação do período de ócio me vem à mente aproveitar de tudo aquilo que me faz tão feliz: jogar videogame, RPG com os amigos, ler, ensaiar com meu grupo, treinar o corpo, fazer alguns artesanatos, beber e comer. Como minha infância era maravilhosa! Podia desfrutar de tudo isso sem pensar em mais nada, no entanto hoje as contas não param de vir e a aumentarem, não é mesmo? Ainda assim estou bastante contente com a vida que escolhi, já que a minha maior preocupação nela é a da EXPERIÊNCIA. Do crescimento pessoal. Sou meio desligado pra esse tal “consumismo”, essa cultura de TER e cada vez mais distante de SER. Não! Não tenho whatsapp, nem telemóvel de última geração. Marcas? Não ligo. Batalho por um casebre sim, já estou pagando consideráveis moedas de ouro por este sonho, e ocorre o mesmo para o caso de um corcel. Às vezes existe a necessidade de uma melhor locomoção do que os pés...kkkkkkkk!! Porém, estes itens quero obter por serem mínimos para a segurança de uma família, para seu conforto, nada a ver com modismos. E se serve de conselho: livre-se deles (da moda e do consumo).


       Veja bem, não estou falando pra que você deixe de trabalhar ou lutar pelo que deseja, e sim para que repense no valor das coisas que quer adquirir, sentimentais, pessoais. Sabia que devido aos exagerados hábitos de nossa geração em comprar o que não precisamos os estudiosos pensam em nomeá-la como A ERA DO PLÁSTICO? Por que hoje em dia tudo o que nos cerca é confeccionado a partir deste material: calçados, utensílios domésticos, escolares, componentes eletrônicos. É praticamente impossível viver sem ele. Contudo, para evitarmos sua ação nociva para com o nosso planeta: rios, florestas, estradas; é bom utilizarmos ao máximo daquilo que já temos até que ele “verdadeiramente” perca sua utilidade ou cada vez mais montanhas de lixo estarão presentes por aí.
Brinquedo adorado pelas crianças na década de 90. De plástico, naturalmente.


       Às vezes é importante pararmos para refletir que somos o melhor das gerações já que, afirmado por muitos, nunca houve uma geração tão pacífica quanto a nossa. Então devíamos aproveitar esta oportunidade para realizamos grandes feitos para o mundo, não só aquele lá fora como também para este em que estamos inseridos no dia-a-dia. É hora de inventarmos saídas práticas para os problemas, de estudarmos possibilidades de ficarmos mais próximos dos que amamos e de praticarmos atividades saudáveis. Poxa, imagine você o quanto fiquei feliz em receber em casa minha fitinha Golden Axe do Master System! E eu jogo, pode ter certeza que se eu tenho eu uso, nada de ficar aí juntando artigos para vender depois a colecionadores por PREÇOS DE CAIR OS QUEIXOS.
       As crianças modernas não visitam os coleguinhas para uma partida de basquete, não lêem nada, nem quadrinhos (digo “nem” porque muitos criticam esta ótima fonte de conhecimentos gerais, história, ciências, geografia, de linguagem); tudo que sabem é enviar mensagens bobas nas redes sociais e a se divertirem às custas do “diferente” da turma. O pior é que depois eles são taxados de irresponsáveis, de violentos, desrespeitosos, mas esquecemos que quem os orienta somos nós. Ou melhor, os desorienta, deixando-os na frente da TV sem qualquer medida de tempo ou de programação, não acompanhando suas agendas, não os tiramos de casa para um passeio ao ar livre ou para uma exposição de arte. E ainda pior, os ensinamos a serem espelhos de nós precocemente, sem maturidade social, de personalidade e acadêmica.
Muito além de colecionável era a ideia de apostas das figurinhas em jogos.


      Tomara que tenha tirado algo de novo dessa casualidade. Não se prenda a incontáveis taxas tributárias, caro nômade das terras fantásticas, e não faça o mesmo com seus filhos. Agora pegue sua mochila e vá admirar a mágica que nos cerca junto dos que lhe são preciosos, porque tenho de partir. A cerveja acabou, a chuva não vem, e o apetite começa a dar seus sinais de que precisa ser saciado. Aquela fumaça logo ali me parece bastante convidativa! Bom, vou apertar o passo. Cuide-se.



         Ah! Busque estes pergaminhos em alguma biblioteca, podem servir de inspiração.



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