sábado, 17 de janeiro de 2015

IDENTIDADE É TUDO. JÁ O MODISMO...

       
          Boa tarde, nobre viajante. Como tem feito calor por aqui, não é? E por mais que usemos de rituais e magias na tentativa de solucionar o problema da falta de chuva, estas só parecem nos mostrar o quanto somos pequenos diante da natureza, já que os resultados têm fracassado miseravelmente. Restando a nós aguardarmos a boa vontade dos deuses da água e das tempestades. Que tal sentarmo-nos debaixo daquela árvore? 
         Excelente! Por isso eu digo que também precisamos de um pouco de sombras na vida...kkkkk!! Mas mudando de assunto, você tem visto as listas que divulgam quais séries são as mais aguardadas para 2015 de acordo com sensos populares? Pelas barbas de Gandalf! Fiquei extremamente desapontado enquanto procurava Vikings em algumas delas e não encontrei. Concordo que cada um tem uma opinião diferente acerca daquilo que mais lhe agrada, no entanto, sinto cheiro de modismo por parte daqueles que consomem este tipo de entretenimento. 
         E eu sinceramente odeio o controle mental que está embutido na expressão “todos estão”. Por que os grandes vendedores querem nos cercar de seu produto por onde quer que caminhemos, irritando aqueles que apenas consomem o que realmente lhes interessam com tanta poluição visual, sonora. E muito pior ainda é notar que algumas vezes até as pessoas de sua convivência diária se entregam a este capricho ditador. Já fui classificado como arcaico por não ter celular de última geração (esses Iphones, Smartphones e diabo a quatro). Acho fútil, simples assim! Desnecessário pra minha vida ter um. (Se fosse um manto de invisibilidade até que viria a calhar). O mesmo acontece se você não usa o corte de cabelo que está nas ruas hoje, se sua roupa de praia não é da cor e modelo da tendência desta estação, se os games que mais gosta são de 8 bits de qualidade. Você é démodé, cabeça-dura, antiquado, brega. E o mais engraçado é que um dia você estará na moda por não acompanhar moda nenhuma, pois existe um fenômeno extremamente descarado conhecido como “hipster”. Este tem o objetivo de tirar “inspiração” em características antes escrachadas pelo modismo como velhas para serem relançadas no mercado como sendo “renovadas” e “bacanas”. Também existe a “apropriação cultural”, fenômeno que se caracteriza por “transformar” itens vinculados a “história de determinado povo” em ornamentos para “todos”, perdendo estes os valores de suas origens, tais como os cocares indígenas que representam a eles status, ou como os kimonos cerimoniais japoneses que são vendidos como fantasias. Pura charlatanice e diversas vezes falta de respeito! 
         Agora você entende o porquê de meu incomodo, meu amigo? Muito além das propagandas que você não quer nem ver pintadas de ouro, é o fato da perda de identidade, do que somos, e ainda o do corte daquilo que te traz prazer por ela ser pouco consumida. Imagine todos vestindo aquele tênis que antes achava que só você ficava legal nele. Ou que terrível seria se sua série favorita deixasse de ser produzida por ela não ser tão popular. Que desrespeitoso seria pegar qualquer ideia sua e utilizarem como sendo de outro . Ruim não?             
           Por isso, UM VIVA AO QUE É DIFERENTE!!

         Bem, estou ficando cansado. Sabe aquela fadiga de estar cheio e com o clima quente? Pois é, estou com ela. Vou tirar um cochilo em casa, pois mais tarde tem trabalho a ser feito. Fica aquele forte abraço! Até.

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