(Capa com os pensadores que buscavam compreender o universo) |
Sagrado fim de semana! Estamos tão cansados por aqui, meu
amigo, que quanto mais dormimos mais queremos deixar de nos levantar
(Kkkkkkkk). Mas tudo bem! E então, como estamos? Começa a noite, o tempo esfria
e como é sábado já vamos caçando o que fazer. Antes que congelemos aqui fora
que tal prosearmos? Encha a caneca de chá, é da minha esposa, me faz relaxar
depois de um dia cansativo, não que seja este o caso hoje, mas é pra dar uma levantada
no ânimo.
Beba outro gole enquanto vou lhe dar esta dica musical.
Lembra-se dos famigerados bardos mineiros destas bandas?
Então, a última peça deles é uma obra mestra. O que tenho a dizer é que já ouvi
diversos álbuns conceituais até hoje de bandas de altíssima visibilidade no
mercado do rock e metal mundial e é importante salientar que: este tipo de
trabalho é bastante delicado, pois exige dos músicos que as canções dêem vida a
obra num nível em que seus ouvintes possam enxerga-la cena à cena através de
suas melodias, cadência, seus riffs. E o pretensioso Principles of a Past
Tomorrow consegue atingir esse objetivo maravilhosamente, ficando entre os
melhores que já escutei e compreendi até agora.
A história que o Lothlorÿen vem nos contar neste álbum é de
Bruno Giodarno, frade, filósofo e pensador morto pela inquisição por sua busca
a despeito de erros teológicos da Europa Colonial. E é aqui onde os caras
tiveram seu primeiro acerto, preocupando-se em rechear o encarte com enxertos
da própria biografia do iluminado herege a um belíssimo trabalho gráfico.
O segundo acerto fica por parte da ordem das músicas que vão
enredando o ouvinte aos poucos, com a introdução charmosa de A Journey Beggins e a primorosa linha vocal de Daniel Felipe,
seguindo da enérgica Heretic Chants e suas pontes e backing vocals de viciar. As
guitarras limpas vão e vêem entre riffs pesados e viradas alucinantes de
bateria da primeira canção a God is Many, o track três e minha favorita, devido
as diversas quebradas progressivas revezadas entre as baquetas de Marcelo
Benneli e os teclados de Leo Godde. Eis então que surge a baladinha virtuosa de
Time Will Tell, a caótica Manipulative Waves e novamente uma música com refrões
pegajosos, Night is Calling. Neste miolo estão os solos mais bacanas da dupla
Leko Soares e Tim Alan, lembrando bastante os trabalhos antigos do Angra, o que
eu particularmente adorei. Na sequencia temos a rápida The Convict e a profunda
The Quest Is On, letra emocionante que conta das respostas prontas de Giordano às
repreensões feitas pela igreja da época. The Law and the Insider parece ser a continuação
da música anterior nos carregando direto para o desfecho com Wavery Time, uma
balada comovente e grudenta de lindíssima sonoridade.
Restando assim a terceira acertiva da banda que foi apostar
na independência quanto a gravadoras lançando o projeto de Principles of A Past
Tomorrow em sites de financiamentos coletivos. A iniciativa dos poços de
caldenses detona de uma vez por todas, com inúmeras contribuições conseguidas
pelo grupo, a ideia de que o Brasil não tem mais rock/metal a mostrar para o
mundo e que todos os fãs brasileiros pagam pau somente para a música estrangeira.
Encerro nossa prosa, amigo passante...Alá! Olha a Feiticeira chegando logo ali, está vindo me buscar, vamos comemorar o aniversário de uma amiga, por aí, em alguma alegre taberna. Então fecho dizendo que o álbum
deve e tem de ser escutado por todos os amantes da cena nacional e
internacional que acreditam que ainda há bastante chão para o rock e que com
toda certeza o Lothloryën figura esta afirmativa.
Até a próxima! Calma, mulher....já estou indo...
Site oficial dos bardos brazucas: http://www.lothloryen.com/
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